O corpo dolorido.
A lembrança.
O coração transbordante.
A ânsia de ter novamente.
As curvas do corpo.
Caminho da alma.
A pele macia que arde.
O desejo.
O carinho.
O apelo.
União.
Sintonia.
O amor que move.
A sede do beijo.
A fome de mais.
O suor.
Sussurros.
Gemidos.
O sexo latejante.
Movimentos.
Avidez.
Umidade.
Paixão.
Entrega.
Êxtase.
Gozo.
Lembranças
de uma tarde
de amor.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
Caleidoscópio
Fotografia: Gleanne Rodrigues |
Guardo horas arrastadas a observar o mundo.
Vejo o caos de luzes brilhando de forma indistinguível. Trânsito de cidade grande às sete da noite. Os olhos fitam no vazio interno uma rua perdida. Escura. Lá, a lua não apareceu.
Surgem na rua duas moças. Elas caminham como se não tivessem medo do mundo. Mãos dadas com uma força de chumbo. Palpito como quem encontra pela primeira vez um amor. Pares de olhos profundos, escuros. Íris que escondem sorriso e dor. A falsa liberdade de um bairro diverso. Paredes marcadas pela luta frequente. Olhares curiosos de pessoas vis. A hipocrisia de uma nação doente. Eu, mais um sujeito-expectador. Em caminhada, dobram a esquina. A rua volta a ficar vazia. Nas minhas fibras, o olhar envidraçado de uma delas. Foram embora, mas o caminho ficou cheio de saudade. Foram embora, mas no caminho ficou cheiro de saudade. E eu por mais um segundo continuo a bater. Só mais um segundo enquanto aquele par de olhos emoldurados viver.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Que eu chore
quando você entristece
Que eu sofra
quando você adoece
Que eu grite
no meu silêncio
E implore socorro
quando ninguém percebe
Que doa
quando você me pede
Que arda
quando te atendo o pedido
Que eu morra
em vida
Mas que eu renasça
com um sorriso teu
Que eu sorria com tua alegria,
amor meu
Acima de tudo
Acima da dor que nós causa
o mundo
Que eu te ame
Que tu me ames
Enquanto a vida durar
domingo, 29 de junho de 2014
sábado, 28 de junho de 2014
sexta-feira, 27 de junho de 2014
Vinte e sete
São tantas
palavras
que me
fogem
com o
vento
frio.
Escondidas
na alma.
Escritas
nos olhos.
Que você
tão bem
sabe ler.
São tantos
silêncios
em que
digo
que
te
amo.
Poemas
não
escritos
que
respiro
pra
você.
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Uma sombra se move sobre minha cabeça. Pego, deixo-a tomar forma em minhas mãos. Olho através dela. Já sei o que vou encontrar. Todas elas me trazem a mesma imagem. Não consigo escapar. Se não as pego, elas não vão embora. Me cercam por horas até finalmente entrarem em combustão. E incendeiam o que estiver pela frente. Assim eu sou obrigada a reviver dia após dia as mesmas imagens. Cavando um poço de dor cada vez mais profundo na minha alma. Já não tenho mais lágrimas. Tanta dor faz com que eu me sinta incapaz de chorar. É incoerente, mas a dor parece me fazer insensível às outras coisas. As imagens passam. Não preciso olhar, conheço-as bem. Me encaminho para frente do espelho. Arrumo os cabelos, engulo o grito que está na garganta, levanto a cabeça e saio. Preciso ir à faculdade.
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